Você provavelmente deve conhecer um colega que trabalha compulsivamente e tem uma obsessão declarada pela excelência. Talvez você até mesmo seja assim e se enquadre na famosa categoria dos workaholics (viciados em trabalho). A questão é que, na correria do cotidiano e, considerando a situação econômica atual do Brasil, a produção das empresas vem aumentando, o que também aumenta a pressão sobre os colaboradores.
A Síndrome de Burnout é um estado de esgotamento físico e mental intenso, que pode caracterizar uma depressão. Essa condição está intimamente ligada ao lado profissional das pessoas, sendo que suas principais vítimas são os workaholics "de plantão".
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| Créditos: Portal Administradores |
Segundo José Irineu, médico e colunista do portal Administradores, "a maioria das pessoas com esse perfil teve um pai exigente e com dificuldade de expressar afeto, o que cria na criança a ilusão de que o afeto paterno virá com grande produção ou resultados". De fato, não existe um número específico na produtividade que faça o indivíduo se sentir suprido afetivamente. Isso só acontece quando este tem prazer no que faz.
A condição também afeta as pessoas que cercam quem sofre do problema, pois em uma grande organização, onde se busca a cooperação e o trabalho em equipe, ter um colaborador, ou pior, um líder que sofra dessa condição atrapalha bastante a execução dos objetivos.
Por fim, a pessoa passa a sofrer problemas psicológicos e desgastes físicos, o que gera fadiga e exaustão. Se isso não for tratado o quanto antes, os problemas causados podem se tornar permanentes.
Confira abaixo uma lista dos sintomas da Síndrome de Burnout:
1 - Necessidade de se afirmar ou provar ser sempre capaz;
2 - Dedicação intensificada, com predominância da necessidade de fazer tudo sozinho e a qualquer hora do dia (imediatismo);
3 - Descaso com as necessidades pessoais – atividades como comer, dormir, sair com os amigos começam a perder o sentido;
4 - Recalque de conflitos – o portador percebe que algo não vai bem, mas não enfrenta o problema. É quando ocorrem as manifestações físicas;
5 - Reinterpretação dos valores – isolamento, fuga dos conflitos. O que antes tinha valor sofre desvalorização: lazer, casa, amigos, e a única medida da autoestima é o trabalho;
6 - Negação do outro – nessa fase os outros são completamente desvalorizados, tidos como incapazes ou com desempenho abaixo do seu. Os contatos sociais são repelidos, cinismo e agressão são os sinais mais evidentes;
7 - Recolhimento e aversão a reuniões (antissocialização);
8 - Mudanças evidentes de comportamento (dificuldade de aceitar certas brincadeiras com bom senso e bom humor);
9 - Despersonalização – evitar o diálogo e dar prioridade aos e-mails, mensagens, recados etc.;
10 - Vazio interior e sensação de que tudo é complicado, difícil e desgastante;
11 - Depressão – marcas de indiferença, desesperança, exaustão. A vida perde o sentido;
(Fonte: Portal Administradores)
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